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Construção do conhecimento científico e popular é a tônica do terceiro encontro de curso de Educação
Atividades aconteceram nos dias 8 e 9 de abril na Esalq/USP e no NEA/Sedema
A temática da construção do conhecimento científico e popular deu a tônica do terceiro encontro do curso de especialização em Educação Ambiental e Transição para Sociedades Sustentáveis, que ocorreu nos dias 8 e 9 de abril. O curso é realizado pela ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), campus da USP (Universidade de São Paulo) em Piracicaba.
Foto: Bruno Fernandes
O primeiro momento do encontro foi de firmação de acordos coletivos por meio de uma atividade com a técnica “café com partilha” (baseada na técnica word café), que buscou o fortalecimento do senso de comunidade no grupo. Foram trabalhados acordos no eixos de infraestrutura, comunicação, relações pessoais e pedagógico.
Foto: Bruno Fernandes
Durante a tarde de sábado (8) o grupo visitou o núcleo de educação ambiental municipal (NEA/Sedema) localizado no Parque do Mirante em Piracicaba. O objetivo foi trabalhar a construção do conhecimento científico e popular utilizando como temática o Rio Piracicaba (o parque se localiza na margem direita do manancial). Os participantes foram divididos em três grupos, que realizaram diferentes trilhas (Parque do Mirante, Museu da Água e Largo dos Pescadores) abordando o contexto histórico local, as características socioambientais e a conjuntura política. Houve ainda momentos de observação e contemplação do local.
Foto: Bruno Fernandes
Em seguida os educandos exercitaram o diálogo com a comunidade presente local por meio de entrevistas, fotografias e vídeos e com apoio de um roteiro de campo, no intuito de buscar a percepção de saberes populares, que posteriormente foram socializados com o grupo no retorno ao núcleo de educação ambiental.
A contextualização teórica dos conceitos da construção de saberes científicos e populares na transição para sociedades sustentáveis foi apresentada pela engenheira agrônoma e educadora Luciana Jacob, que explicitou a necessidade de resgate e valorização dos saberes populares juntamente aos saberes científicos como meio ao enfrentamento da conjuntura socioambiental atual e busca de novos paradigmas.
Foto: Bruno Fernandes
Para Luciana Jacob a importância da relação equânime entre os saberes científicos e populares deve ocorrer para que as pessoas tenham uma visão de transformação social de outro mundo possível, diferente do conhecimento que temos contato, que é esse conhecimento que oprime que emprega e entrega tudo pronto.
Ela comentou também a importância desta relação para os projetos de intervenção que serão realizados pelos educandos durante o curso, em que os grupos podem olhar para as pessoas que participarão dos projetos de intervenção como co-criadores, co-educadores; pessoas autônomas que tem muito a contribuir com uma pluralidade de saberes, valorizando esses saberes de forma horizontal (saberes populares e os saberes científicos em pé de igualdade).
Foto: Bruno Fernandes
SEGUNDO DIA – No domingo (9) os educandos realizaram atividade de pintura coletiva, buscando trabalhar o senso coletivo nas ações, bem como a compreensão da arte como instrumento educador.
Foto: Érica Speglich
Nas ações do tempo/comunidade os educandos se reuniram para o primeiro exercício sobre a formação de grupos de intervenção educadora ambientalista. No trabalho em grupo, eles partilharam suas utopias, territórios e temáticas problematizadoras emergentes e sistematizaram uma primeira proposta de intervenção educadora coletiva.
Foto: Bruno Fernandes
Nos últimos momentos do encontro, o coordenador Marcos Sorrentino fez uma síntese sobre diagnóstico e o diálogo reforçando a importância da prática dialógica como reconhecimento do outro.
Foto: Bruno Fernandes
PRÓXIMO ENCONTRO – O próximo encontro ocorrerá dias 20 e 21 de maio e os educandos têm pela frente as tarefas e atividades do tempo/comunidade na busca de materialização de seus projetos de intervenção.
