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Elaboração de projetos e Sistematização: evidenciando o trabalho coletivo

Nos dias 24 e 25 de agosto aconteceu na OCA - Laboratório de Educação e Política Ambiental o sétimo encontro do curso de especialização “​Educação Ambiental e Transição para Sociedades Sustentáveis” cujo foco foram os temas elaboração de projetos e sistematização.

Um dos eixos centrais do curso é a elaboração e execução de projetos de intervenção nos territórios das estudantes, de modo que o aprendizado seja experienciado em práxis, interagindo e intervindo na realidade concreta. Os projetos nascem da conversa sobre as utopias das integrantes de um grupo, e nesse diálogo se identificam e se constroem utopias coletivas.

Como não basta vislumbrar sociedades sustentáveis sem atuar no hoje de forma estratégica para caminhar na direção desta utopia, no decorrer do curso diversas estratégias são apresentadas de forma a trazer profundidade e concretude aos projetos. É o caso da sistematização, que foi tema central deste encontro. A sistematização, diferente do simples registro, é um processo de análise da experiência vivenciada que possibilita uma compreensão mais profunda, melhorando a prática e compartilhando com outras práticas os ensinamentos desta. Justamente com o intuito de socializar as primeiras experiências vivenciadas nos territórios dos “grupos de intervenção” é que cada uma foi apresentada e discutida com toda a turma de estudantes, reforçando, em tempos de individualismo, que o ato de aprender é coletivo e daí a importância das comunidades de aprendizagem.

A oficineira Fernanda Corrêa de Moraes marcou presença neste encontro, engrossando o caldo das reflexões sobre a construção de projetos. Um projeto converge as ideias das pessoas envolvidas nele para projetar essas ideias em ações com começo, meio e fim. Ou seja, ao elaborar estrategicamente um projeto criamos pontes para superar as problemáticas que visualizamos e que motivam nossa busca por transformações. A partir das metodologias apresentadas pela oficineira e sob sua orientação, os grupos em diálogo re-elaboraram seus projetos, trazendo mais organização, clareza e objetividade à redação dos objetivos, justificativa, metas e atividades dos projetos.

A etapa final de um projeto é a celebração, e foi assim que se encerrou este sétimo encontro: celebrando os aprendizados do encontro. A atividade proposta pela equipe pedagógica foi que cada uma escrevesse em um pequeno papel uma frase bonita sobre os aprendizados construídos durante os encontros e colocasse esse papel dentro de uma bexiga para em seguida encher e amarrá-la. Daí as estudantes em roda soltaram todas ao mesmo tempo suas respectivas bexigas com o desafio, num primeiro momento, de não deixar cair nenhuma e, num segundo momento, de estourar uma bexiga e revelar à roda a mensagem contida nela. O exercício faz uma ótima analogia à co-responsabilidade sobre o processo de aprendizagem do coletivo. Destoando da prática educativa convencional em que somos estimulados a olhar apenas para nosso próprio aprendizado em clima de individualismo e competição, aqui a riqueza está no potencial do coletivo no enfrentamento das problemáticas que vivenciamos para co-criar democraticamente realidades sustentáveis.


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