Bate-papo “Educação ambiental e transição para sociedades sustentáveis: pesquisas e intervenções na
No dia 12 de março de 2019, um grupo de educadoras/es e ambientalistas da região da Baixada Santista se reuniu no Sesc Bertioga para conversar com três pesquisadoras sobre os resultados de suas pesquisas frutos de experiências e de intervenções educadoras, desenvolvidas em diferentes contextos e territórios. Estiveram presentes mais de 20 pessoas, representando diversas iniciativas: Quintalzinho (Bertioga), Núcleo de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Bertioga), Coletivo Educador (Bertioga), gestoras/es da Fundação Florestal (Parque Estadual da Restinga de Bertioga - PERB e Área de Proteção Ambiental Marinha Litoral Centro - APAMLC), professoras da rede privada de ensino e estagiárias do Orquidário e do Aquário de Santos.
Foram mais de duas horas de diálogos sobre educação ambiental e educação do campo, utopias, participação popular, políticas públicas, entre outros temas. A conversa começou com a fala da Ligia Ortega, que se formou na primeira turma do curso de especialização em educação ambiental e transição para sociedades sustentáveis realizado pelo Laboratório de Educação e Política Ambiental da Esalq (USP campus Piracicaba). Em sua fala, ela compartilhou informações sobre a intervenção educadora realizada ao longo do curso de especialização que foi base para o seu trabalho de conclusão de curso intitulado “A participação das comunidades e o papel do Coletivo Educador na elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da Restinga de Bertioga-SP”. Na sequência, tivemos a apresentação de Caroline Ferreira, que nos contou um pouco sobre a tese de doutorado desenvolvida no programa de pós graduação em Ciências Ambientais da Ufscar (campus São Carlos). A partir de reflexões decorrentes de experiências educativas formais e não formais, os resultados da pesquisa “Educação ambiental dialógico-crítica e sua relação com a prática da agroecologia e da educação do
campo no território do extremo sul da Bahia: entre o descompasso e o desafio de transformação” foram compartilhados nesta roda de conversa. Temas como conflitos socioterritoriais, educação ambiental dialógico-crítica, movimentos sociais e educação do campo foram abordados neste encontro. Finalizando as apresentações, a agente de educação ambiental do Sesc Bertioga Gabriela Tibúrcio, também ex-cursista da especialização da OCA, trouxe para o grupo um breve recorte do seu trabalho de conclusão de curso chamado “Da utopia das sociedades sustentáveis às ações concretas para a transição: notas sobre participação a partir de uma perspectiva amorosa” e finalizou sua fala instigando o grupo com uma das perguntas motivadoras do seu trabalho: por que as pessoas participam? Por que as pessoas se engajam em causas como a da questão socioambiental? O encontro foi uma atividade realizada pelo Sesc Bertioga em parceria com as pesquisadoras e teve como objetivo fortalecer a rede de educadoras/es ambientais da cidade e da região, além de colocar em diálogo conhecimentos produzidos no mundo acadêmico e conhecimentos produzidos a partir da prática cotidiana dessas/es educadoras/es, no mundo da vida, e de promover o diálogo entre as pessoas participantes.
Foi um encontro para dialogar sobre a importância da/o educadora/or popular, no sentido de organizar e provocar a participação das pessoas, fortalecendo a autonomia e favorecendo a continuidade de ações em processos participativos, como por exemplo aqueles que envolvem a elaboração de políticas públicas.