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Moradores e turistas de Piracicaba vivenciaram uma experiência diferente na tarde do dia 30 de março

O grupo de estudantes da pós-graduação “Educação Ambiental e Transição para Sociedades Sustentáveis”, da ESALQ, realizou uma intervenção inusitada à beira do histórico rio Piracicaba. O objetivo era gerar reflexão e possivelmente uma mudança de comportamento em relação à alguns assuntos relevantes que foram discutidos em sala de aula: resíduos sólidos, agricultura e mobilidade urbana.


Antes de iniciar as atividades, Vivian Battaini, uma das coordenadoras do curso, tinha a expectativa de que muitas pessoas iriam participar e de maneiras diferentes. “Além disso, quero que os alunos se divirtam e aproveitem a experiência”, completou Vivian.


Logo de cara, o grupo já propunha uma reflexão sobre a maneira de ocupar as cidades, já que as atividades estavam acontecendo em um espaço que normalmente é usado por um carro. Na chamada “vaga viva”, um dos grupos de alunos proporcionava uma experiência reflexiva para aqueles que estavam passando pelo local.




A intervenção que atraiu de crianças a idosos foi o plantio de mudas de árvores nativas à beira do Rio Piracicaba, em parceria com o Coletivo SAF das Minas. Trazendo de maneira prática conceitos e técnicas de agroecologia, o coletivo também se propõe a discutir questões de equidade de gênero, mostrando que as mulheres podem (e devem) se apropriar de ferramentas e funções comumente tidas como “masculinas”. A extinção das abelhas e os efeitos nocivos da maneira como são produzidos nossos alimentos também foi outro assunto trazido à tona de maneira criativa pelo grupo.


Carolina, moradora da cidade, participou da atividade e conta que nunca tinha plantado nada na vida. “Aqui é o lugar que eu mais gosto da cidade. Adorei o plantio e quero sem dúvidas fazer mais vezes”.




Havia também um grupo de alunos falando com a comunidade sobre os enormes impactos negativos do descarte incorreto de bitucas de cigarro. Segundo a OMS, 12,3 bilhões de bitucas são descartadas diariamente e muitas acabam indo parar em rios, praias, bueiros e oceanos. “Queremos que as pessoas reflitam sobre estes problemas e que possamos propor uma solução real”, disse Aline Fanti, aluna do curso que estava distribuindo “bituqueiras” para os fumantes da região. O grupo também construiu um grande coletor, que ao final, recebeu mais de 15 bitucas dos frequentadores de um bar.


E qual foi o balanço do dia? Todos estavam, em geral, muito satisfeitos. Surpreenderam-se positivamente em relação à participação, interesse e receptividade das pessoas. Muitos compartilharam que gostaram muito de interagir com a comunidade e ajudar a transmitir assuntos tão urgentes e importantes.



As estudantes Maria Fernanda e Paulo prepararam um vídeo super especial deste dia!!! Confira aqui:



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